O prefeito de Vieiras (MG), Ricardo Celles Maia (PSD), foi flagrado com mais de R$ 90 mil em dinheiro vivo durante uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-040, nas proximidades de Paracatu, região Noroeste de Minas Gerais. O caso aconteceu na quarta-feira, 5 de novembro de 2025, e o dinheiro foi apreendido para investigação.
Fiscalização e apreensão do dinheiro
De acordo com a PRF, o veículo do prefeito — uma caminhonete — foi abordado durante uma operação de rotina no km 17 da rodovia, em uma praça de pedágio.
Durante a vistoria, os agentes encontraram uma mala contendo cerca de R$ 90 mil a R$ 93 mil em espécie, valor que chamou a atenção pela quantia elevada.
Ao ser questionado sobre a origem do dinheiro, Ricardo Celles declarou que “costuma carregar valores em espécie”, mas não apresentou documentos ou comprovantes imediatos que justificassem a procedência do montante.
O dinheiro foi apreendido e encaminhado à Polícia Judiciária, que ficará responsável por investigar a origem dos recursos e verificar se há indícios de crime financeiro ou improbidade administrativa. Após os procedimentos, o prefeito e o veículo foram liberados.
Histórico político e controvérsias
Ricardo Celles Maia já é alvo de polêmicas políticas em Vieiras. Em agosto deste ano, ele e o vice-prefeito tiveram os mandatos cassados pela Justiça Eleitoral sob a acusação de abuso de poder político e econômico nas eleições municipais.
A decisão determinava ainda oito anos de inelegibilidade, mas ambos seguem no cargo graças a uma liminar concedida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que suspendeu os efeitos da cassação até o julgamento final do processo.
Próximos passos da investigação
A PRF informou que o caso foi encaminhado à Polícia Federal e ao Ministério Público, que deverão analisar se há indícios de lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito ou uso irregular de verbas públicas.
Até o momento, o prefeito não apresentou nota oficial sobre o episódio.
A Prefeitura de Vieiras também não se manifestou oficialmente sobre o caso. O espaço permanece aberto para esclarecimentos.
Fonte: G1