Pentágono afirma que ação visa combater “organizações criminosas transnacionais e o narcoterrorismo”
Por CNN Brasil — 24/10/2025 | Atualizado às 17h47
O Pentágono anunciou nesta sexta-feira (24) o envio do grupo de ataque liderado pelo porta-aviões USS Gerald R. Ford ao Mar do Caribe, em uma operação que, segundo o governo norte-americano, faz parte de uma diretriz para desmantelar organizações criminosas transnacionais e combater o narcoterrorismo.
Ainda não foi divulgado em qual ponto da região as embarcações serão posicionadas.
O USS Gerald R. Ford é considerado o maior porta-aviões do mundo e é movido por reatores nucleares. A embarcação pode transportar mais de 75 aeronaves militares, incluindo jatos F/A-18 Super Hornet e aviões de alerta antecipado E-2 Hawkeye. O navio também conta com um sistema avançado de defesa, incluindo mísseis Evolved Sea Sparrow, capazes de interceptar drones e aeronaves inimigas.
O grupo de ataque inclui ainda o cruzador de mísseis guiados Normandy, da classe Ticonderoga, e quatro contratorpedeiros da classe Arleigh Burke: Thomas Hudner, Ramage, Carney e Roosevelt. Essas embarcações possuem armamentos para combate aéreo, terrestre e antissubmarino.
De acordo com informações do Departamento de Defesa, a frota estava atracada em Split, na Croácia, no último dia 21 de outubro — mais de 8 mil quilômetros do Caribe — e deve levar alguns dias até estar plenamente posicionada para eventuais operações na região.
Justificativa oficial e especulações políticas
Segundo Sean Parnell, porta-voz do Pentágono, o envio da frota visa aumentar a capacidade dos EUA de detectar, monitorar e neutralizar atividades ilícitas que ameacem a segurança do país e do Hemisfério Ocidental.
Entretanto, o movimento militar tem gerado dúvidas sobre as intenções da Casa Branca. Embora o governo de Donald Trump afirme que a operação faz parte de uma campanha de combate ao narcotráfico, fontes da CNN apuraram que o presidente também tem considerado ações militares dentro da Venezuela, como parte de uma estratégia para enfraquecer o regime de Nicolás Maduro.